
Sempre começa com pelo menos um dos lados cedendo, é claro que ambos querem se não, não aconteceria, mas um sempre quer mais que o outro, Maomé tem que ir à montanha já que duas montanhas jamais se encontrariam, então alguém começa como submisso, o possível causador de tudo , entra por baixo como um pedinte que realmente precisa daquilo, e então as coisas acontecem, todo o mistério é revelado, ambos se descobrem, impressionam, desiludem, e o estágio inicial de Maomé e montanha vai se quebrando, depois disso cada um quer para si o título de precioso e acham que o único jeito de tê-lo é com o sofrimento do oposto. Entra a fase do descaso, cada um quer mostrar que se importa menos, mas nas proporções exatas para não haver um colapso, é talvez a parte mais crítica, não são muitos os que resistem a ela e deixam de pular do barco, ambos se testam e vêem até onde o outro é capaz de ir, mas sempre tendo que ceder quando entende ter exagerado. Por fim, quando os jogos já estão zerados e não há mais mistérios, procuram outros Maomés dispostos a escalar montanhas cada vez mais altas ou simplesmente se aceitam e vivem entediados para todo o sempre.
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